terça-feira, 3 de junho de 2008

Erros fatais.


Um traidor tão próximo. Inteligente Konrad, realmente, eu nunca desconfiaria dele, tantos anos... ele poderia lançar as informações que ele quisesse que nós... quero dizer, eu, julgaria verdadeira e segura. Que tolo eu fui, caí em uma armadilha e coloquei em risco meus aliados. Eles poderiam ter morrido e o que eu faria? Se Danika morresse, o que eu seria?
Cometi um erro infantil, eu não tenho três anos, tenho sete mil e já deveria ter aprendido alguma coisa. Tenho que admitir que se aqueles magos tivessem conseguido nos atacar até eu teria morrido. E, ainda, estou um pouco em dívida com Mortati, mas é melhor que ele não saiba, afinal, estou informado de suas atuais aquisições.
Tenho que contactar um amigo, preciso de alguns favores. Quero o castelo de Bartolomeu, é bastante distante, então todos poderemos ficar juntos, as proles ficarão seguras e distantes do verdadeiro problema. Tenho, também, que cuidar de meu pequeno Ítalo, Adrian está se aproximando perigosamente e meu senso indica que há mais perigo do que aparenta essa aproximação.
E, Ciro, era só o que me faltava... quando ficou mais sério, atento e participativo decidiu se que o afastamento era sua melhor solução. Ele não entendeu que Mikayla não é mais humana, não preserva mais sentimentos, só pela prole e, tenho certeza, ele já desejou ser essa prole, mais até que a própria não-vida dele. Bonito por um lado, tolo por outro muito maior.
Apenas Danika sabe o tamanho da lacuna que se abriu sob meus pés com a partida dele... Desejo que ele volte mais forte do que quando partiu, forte de vontade e de amor pela própria existência.
Talvez uma semana de folga, aproveitando o que a França pode oferecer lhes acalmem os ânimos e revigorem as forças. Eu cuidarei de tudo enquanto isso.