domingo, 18 de janeiro de 2009

Adolescentes...


Ah! O cheiro de modernidade... Tantas coisas passaram por meus sentidos durante 700 anos em que dormi. Eles me encontraram, estou em dívida, mas já faz uns 25 anos que estou de pé...

Quantas coisas mudaram, meu senso ainda se embaralha com uma humanidade tão evoluída e eu belamente estático nesse meio. Os imortais têm esse dom, de se manterem os mesmos ainda que tantos anos se passem.

Em dois anos de pé já havia me acostumado com toda essa modernidade.

Amigos... nossa... quantos... alguns eu achei que já havia perdido... Mellart, como você mudou, meu irmão, você dormiu falido e acordou milionário, eu cuidei de tudo para você.

Danika me deu um filho, deu, realmente, muito trabalho faze-lo, precisei morrer para conseguir tê-lo. Aquelas mulheres juntas me preocupam, Danika, Anette, Luanny e outras tantas mais, cada vez que olhamos para trás existe mais uma entre elas. (risos)

O time dos homens também vêm crescendo mas não com a mesma proporção que o delas...

Arsenal versus Manchester...


-Corre, Ahimanus, neutraliza o Lukav...


(Pigarro)Bom, nós não crescemos nenhum centímetro e parece que quanto mais velhos ficamos mais carentes estamos, por essa razão, temos dezesseis homens, oito para cada lado correndo feito adolescentes atrás de uma pequena bola de futebol...


-Grawhir, olha o Mellart passando por trás de você novamente...


As “meninas” estão brincando na piscina, meu amado filho dorme tranqüilo enquanto eu e sua mãe esquecemos um pouco os infindáveis anos de nossa longa vida.


-(Urro de raiva) Não acredito que o Mellart fez gol novamente pro Manchester... Alguém pára essa criatura, por favor. Vai Arsenal.


Não sabemos o que o futuro nos reserva... mas... enquanto isso não chega, quero sentir os ventos da adolescência no meu velho e imutável rosto.


-Bola...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Erros fatais.


Um traidor tão próximo. Inteligente Konrad, realmente, eu nunca desconfiaria dele, tantos anos... ele poderia lançar as informações que ele quisesse que nós... quero dizer, eu, julgaria verdadeira e segura. Que tolo eu fui, caí em uma armadilha e coloquei em risco meus aliados. Eles poderiam ter morrido e o que eu faria? Se Danika morresse, o que eu seria?
Cometi um erro infantil, eu não tenho três anos, tenho sete mil e já deveria ter aprendido alguma coisa. Tenho que admitir que se aqueles magos tivessem conseguido nos atacar até eu teria morrido. E, ainda, estou um pouco em dívida com Mortati, mas é melhor que ele não saiba, afinal, estou informado de suas atuais aquisições.
Tenho que contactar um amigo, preciso de alguns favores. Quero o castelo de Bartolomeu, é bastante distante, então todos poderemos ficar juntos, as proles ficarão seguras e distantes do verdadeiro problema. Tenho, também, que cuidar de meu pequeno Ítalo, Adrian está se aproximando perigosamente e meu senso indica que há mais perigo do que aparenta essa aproximação.
E, Ciro, era só o que me faltava... quando ficou mais sério, atento e participativo decidiu se que o afastamento era sua melhor solução. Ele não entendeu que Mikayla não é mais humana, não preserva mais sentimentos, só pela prole e, tenho certeza, ele já desejou ser essa prole, mais até que a própria não-vida dele. Bonito por um lado, tolo por outro muito maior.
Apenas Danika sabe o tamanho da lacuna que se abriu sob meus pés com a partida dele... Desejo que ele volte mais forte do que quando partiu, forte de vontade e de amor pela própria existência.
Talvez uma semana de folga, aproveitando o que a França pode oferecer lhes acalmem os ânimos e revigorem as forças. Eu cuidarei de tudo enquanto isso.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Caminhos Opostos.


Separados estão melhor, nada pessoal contra nenhum deles, mas logo minha presença aqui será um incômodo. Alguns padres já andam comentando à boca pequena a presença de homens estranhos à minha porta, agindo comigo, usando meu nome.
Separá-los foi o único jeito, admito uma atitude um pouco exagerada, mas necessária.
Mikayla ficará longe de Ciro, que ficará longe de Sled e de Bianca, estou farto de competições inúteis e indiscretas na minha sala de estar, após o atentado à prole de meu amigo, eles passaram dos limites.
Bons ventos me trouxeram o perdão dele, pois caso contrário nós todos teríamos morrido, eles não acreditam, mas eu sei o poder daquela coterie dele. Quanto aos meus planos, estão fracassando graças a esses inúteis, eu disse sem pressa, mas eles nos matarão antes de terminarmos.
Infantil minha atitude quanto à Yasnova, quebrar aquela maldita pedra na hora errada, também estou cansado disso, nunca há verdade nos olhos dela, somente a frieza daquele ritual.
Acho que vou tirar alguns dias de descanso na Holanda, quem sabe meu amigo aceita me receber e bebamos juntos o fracasso desses a quem eu confiei a minha vida.
A ira me consumiu por inteiro, deixei minha besta me controlar uma vez em milênios, desde as minhas primeiras noites de cainita que não sofro desse mal.
Tem uma fada, ou o que quer que seja aquilo se teletransportando pela minha sala e pela rua em frente a minha casa. O que aquele infeliz pensa que eu sou? DEFINITIVAMENTE NÃO SOU UMA CRIANÇA DA NOITE E NÃO PERMITIREI ESSE COMPORTAMENTO NOVAMENTE.
Se for assim eu os matarei, minha piedade por esses que me traíram já acabou, mais uma erro e suas cabeças se transformarão em pó nas minhas mãos.
Até aquele imediato de Lucian, que eu nunca vi em minha existência faz melhor o trabalho de toda essa maldita coterie junta. Aliados? Eles não são aliados, não sabem o que significa nem a palavra cooperação, quanto mais aliança.
O caminho deles tem que seguir separados, antes que o dia amanheça e eles estejam todos no sol.
Um mês é o que eu preciso. Um mês é o tempo que eles vão ter.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Aposta.


Veneno
Seu plano cruel
Seu sangue como gelo
Um olhar poderia matar
Minha dor, sua vibração
Eu quero te amar, mas é melhor não tocar (Não toque)
Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me mandam parar
Eu quero te beijar, mas eu quero muito isso
Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos
Seu veneno correndo pelas minhas veias
Eu não quero quebrar essa corrente
Sua boca tão quente
Sua teia, eu estou pego
Sua pele, tão molhada
Cordão preto, no suor
Eu escuto seu chamado e isto são agulhas e alfinetes (e alfinetes)
Eu quero te machucar só para ouvir você gritar meu nome
Não quero te tocar, mas você está sob minha pele (no fundo)
Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos
Seu veneno correndo pelas minhas veias
Eu não quero quebrar essa corrente
Veneno... veneno...
Um olhar poderia matar
Minha dor, sua vibração
Eu quero te amar, mas é melhor não tocar (Não toque)
Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me mandam parar
Eu quero te beijar, mas eu quero muito isso
Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos
Seu veneno correndo pelas minhas veias
Eu não quero quebrar essa corrente

As portas dos quartos se fecharam, no pensamento antes do adormecer um sorriso insano em um e doce e desafiador no outro. Mortati e Luanny travaram uma aposta, uma perigosa aposta onde o vencedor “leva”, como prêmio, o outro.

Isso animava e excitava Luanny, um desafio. Tudo o que ela mais gosta é de um bom desafio: controlá-lo. Se ela o conseguisse teria o pirata seu para sempre, sem trapaças, ela tem que dominá-lo, porém ele tem que impedi-la, mas se ainda sim ela vencer...

-Ah! Se eu vencê-lo o terei como MEU para todo o sempre, mas se eu perder... eu serei dele... mas eu não perderei. Como herdei de meu pai essa natureza controladora, ou como eu gosto que ele me chame, dominadora, será fácil para mim.

Ela recostou, ainda nua, em sua cama, deixou a toalha escorregar por sua pele eternamente jovem enquanto olhava um de seus melhores e mais bonitos vestidos rasgado e molhado no chão.

-Se ele soubesse o quão caro foi esse e os outros vestidos ele não o teria rasgado, mas... ele não se interessa, a dominação decide tudo por ele, quanto ele vai pagar ou quantas ele terá.

Adormeceu pensando na aposta e no quão perigosa e deliciosa ela seria, não tinha medo do prêmio só sabia que a vitória lhe pertencia.

Outra coisa veio à sua mente...

-Amanhã, vou procurar minha madrasta.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sombras das Pedras Reerguidas


Hoje será uma noite especial. Meu senhor, o grande Ansgar Ellinor, autorizou que eu, sua prole recolhesse nas intrínsecas teias do destino, três novos membros para nossa capela em Roma. Espero apenas que ele não se arrependa de sua decisão, como acredito que eu não esteja errada. Três crianças nascerão esta noite, espero que meu porte, me garanta o título de senhora, e espero sinceramente que elas me enxerguem como tal. O nome Danika Dainsv será pronunciado novamente esta noite, a verdade que iluminará minhas performances futuras caminhará ás minhas mãos com sapatilhas de cristal, o nome Romanov será ouvido não só de minha boca, e o fundador de todos os mistérios sorrirá ao saber o poderio do clã que criou. Pensando bem, como é trágico o meu clã. Usurpando tudo o que não é de seu direito, amando tudo o que não deveria ser amado, criando e blasfemando contra as normas do pai dos cainitas. Como será o futuro de nosso clã? Provavelmente odiado. Odiado por ser o clã mais proeminente, dinâmico e forte de todos. É a este clã que trago hoje novas crianças, estas que me ajudarão em minhas construções e observações. É trágico olhar ao meu redor e apenas ver pedras, quase vergonhoso saber que todo um futuro inegável nascerá debaixo de tantas pedras, no frio e mal iluminado passagem subterrânea de um castelo. Este que se torna um simples castelo, uma simples paisagem perto da grandiosidade do que está ocorrendo em seu ventre. Agora, não haverá mais volta que essas novas almas amaldiçoadas tenham destinos grandiosos dentre outras almas caídas.



Não permito que eles saibam, mas esta é minha predileta. Dana Narcius. Nova como quando fui abraçada, tão cheia de vida e perspectiva como eu nos meus tempos, e com um dom impressionante, assim como eu. Não é o mesmo que o meu, é um o qual os ciganos amariam ter nas mãos. Mas sabem como dizem, é de quem chegar primeiro, e quem chegou, fui eu. Esta pequena flor era atormentada por fadas. Consegue vislumbrar caminhos ao horizonte em meio o caos feérico. Ainda não entendo seus métodos de leitura, mas digo que ela sabe fazer um fortíssimo hidromel, por mais que ela tenha insistido que todo hidromel é fortíssimo.



E aqui se encontra o audacioso espanhol Julio Martín. Sua família era conhecida por toda Espanha, até que de súbito ele enlouquecera. Jogaram-no no porão mais profundo e fedido da Espanha e ele, apodrecia nas masmorras. Loucura? Não! Se os humanos soubessem apenas metade do que sabemos, os membros já estariam extintos. Um homem como Julio, letrado e educado como nobre que era, apenas por acontecer fatos bizarros por onde passava, fora considerado louco e posto nos calabouços. Se não fosse pela influência da família, estaria morto, e com ele seu dom morreria. Falar com os mortos, este é o perverso dom que o destino, e não o demônio deu a este jovem. Se não fosse pelo meu ritual, nunca o teria resgatado sem que alguém me percebesse. Mais uma vez o homem foi fraco e rogou por salvação e purificação. Eu a concedi, por longos e longos anos.



Ah querida Annya, a salvei de seu cruel destino, como querias. Teve a audácia de prometer sua fortuna para Deus se algo lhe salvasse. Tola, não sabes que há mais coisas neste mundo do que nossa mente possa criar em mil anos? Julgava que sua alma estava perdida, quando na verdade eras escolhida pelo destino para se tornar uma artífice, uma maga. Para especificar mais um pouco, a tradição desta pequena era Eutanatos. Ninguém a ajudou, ninguém lhe mostrou o caminho, pelo contrário, as visões se intensificaram e ela foi à igreja. Tola, tratada como bruxa, quase morrendo nas mãos da igreja, se o que esperamos já houvesse começado, estaria morta. Rogou por salvação, e eu Danika Dainsv, joguei a na danação como nenhuma outra criatura fará de novo. Mas por hora, permita me dizer que esta é a salvação que esperava, e ficará mais feliz por séculos.

“Agora veremos meu caro senhor, se esperava por tão belas obras primas.”

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Venenosa


Saara parou sua carruagem em frente a sua casa e olhou a movimentação de seus vizinhos. Desde que ela se instalou ali, vem causando espanto da cidade e sequer foi notada por seus especiais companheiros de rua.

Na noite anterior ela viu um lindo loiro e aquele charmoso pirata de cabelos negros. Sua corrida de cavalo muito me agradou, sua virilidade, seus belos corpos montados em criaturas perfeitas. Tarde da noite é que ela percebeu o retorno apenas de um, o loiro.

- Por quê?

Nos últimos três dias ela tem acompanhado cada um deles, mas de longe, muito longe.

- Existe um, Ciro, escutei seu nome enquanto alguém o gritava de dentro da casa, anda o dia todo com um livro assinado por Roma.

Sua chegada a Roma havia sido recente, apenas três dias, vem de terras longínquas e geladas. Saiu da Finlândia cansada daquela monotonia que só existia por lá, passou uma temporada na Holanda, mas de lá saiu rápido após saber de alguns protegidos de um grande ancião dono daquelas terras ermas.
Foi à Itália a procura de “abrigo”, cavalgou até Roma e se instalou em uma luxuosa casa em um bairro nobre.
Estranhou tamanha movimentação sobrenatural naquele lugar, tantos vampiros, seus vizinhos, todos eram vampiros, já viu outros por ali, caminhando por ruas estreitas de mãos dadas, imergindo no escuro e sumindo todas as madrugadas.
Talvez uma miscelânea de famílias reunidas num mesmo lugar.

- Por quê?

Ela os observa para descobrir, mas por agora ela quer continuar discreta, não demorará e eles me perceberão aqui, até lá, meu piano é minha companhia.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Marcha.


Pensei que estivesse só e que eles estariam protegidos, porém, quanto será que vale a amizade e confiança deles? (Ilusão não?) Eles estiveram lá, mais por causa daqueles infelizes traidores, mas terão como prêmio um banquete muito farto, porém não sei se com igual poder, desejo que eles tenham sorte.
Ah, minha doce Danika, se eu pudesse ver seus pensamentos, o que desejou lá? Salvar-me ou conquistar poder ou os dois? E Ciro, por que, diabos, aquele medroso se aventurou em um campo de batalha onde ele não conhecia o inimigo? Mikayla, minha pequena de humor facilmente mutável, onde escondeu a glória que foi buscar? (risos) Sled... esse foi apenas porque era uma guerra, a matança era livre e o alimento farto. E quem é essa Bianka? De que terras ela vêm? De que família? (Surpresa) Tem uma desconhecida em minha casa.
(Gargalhadas) Pequenos profanos, na minha não-vida vocês jamais saberão a importância que têm. Seus planos não me atinam a curiosidade, tenho designos maiores para cumprir e vou cumpri-los, mas jamais colocarei minha vida à prova, como pensam.
Jamais luto sem conhecer meu adversário, nem aproximo sem saber de quem estou me aproximando, jamais descanso e é por isso que me temem e me respeitam. E vocês engoliram aquela história fraca do rei do oeste que eu não era digno de receber uma convocação de guerra de um mensageiro comum. (risadas) Tolos! Adrian sempre teve receio de meu poder, mais ainda, sempre teve receio de minha linhagem.
Mas minha pequena Danika não está longe de descobrir minha origem, então, tenho que andar com os olhos mais abertos que nunca.

Luanny, minha filha, não sei o que planeja, mas... FALHARÁ! (irritação e desdém) Aurus é mais sábio e mais astuto do que pode imaginar sua insana cabecinha. Sua estupidez a matará seja por minhas mãos ou pelas de Aurus, mas lhe matará. Todos à minha volta pensam que por razão de meu matrimônio com Danika meus olhos se fecharam, pois que pensem assim, é melhor para mim e mais perigoso para eles.
Minha marcha pelas Cruzadas terminou, logo aquele reinado cairá, é apenas uma questão de tempo. Meu avô divisa tempos áureos no horizonte, quando toda a Família se unirá e por fim acabará por se tornar a Família governadora da maioria dos reinos. Mas, por agora, quero iniciar minha Cruzada particular para dentro dos portões do Vaticano e limpar a sombra que lá reside, mas ainda preciso dela para ficar oculto. (Gargalhadas).
Doce imortalidade, não me falte agora, desejo ver o destino de algumas pessoas e a resolução de alguns problemas. Inimigos, aliados, amores, abram alas para a Santa Inquisição.

QUE OS JOGOS COMECEM!